domingo, 5 de junho de 2011

Simplesmente dominados

A dominação da população, pelo governo, hoje em dia, é algo que está nos bastidores.Não existe um tipo de dominação tão exacerbado e “divulgado” como o absolutismo. Na sociedade atual brasileira, podemos encontrar uma forma de dominação e controle muito forte: o controle e a regulamentação dos meios de comunicação em massa.
Políticos que, hoje em dia, detém participação e são donos de alguns meio de comunicação em massa, utilizam destes para que a sua imagem não seja denegrida e acabem perdendo prestigio da população. Essa ação fere o tipo de sociedade que escolhemos ter, uma sociedade democrática, livre, na qual existe o livre pensamento e expressão. Dessa maneira, os políticos, que detém poder, controlam o que a sociedade pensa sobre determinados assuntos.Isso faz com que a população fique alienada de certas coisas e, para Marx, a alienação se inicia no trabalho, e pessoas que trabalham alienadas (como um economista, que necessitada informação, mas não consegue tê-la por uma barreira imposta pelo governo, que é quem detém o poder) podem se tornam alienadas da própria vida. A divisão do trabalho, tratada por Marx, é um desses problemas, mas não vem ao caso.
Outra forma de dominação e controle sobre a população, nesse caso paulista, é a Nota Fiscal Paulista. Mesmo com os descontos (em IPVA, IPTU e outros impostos) que se pode obter ao colocar o seu CPF na nota fiscal, é uma maneira de “controlar”, mapear e visualizar seus gastos. A maioria da população brasileira precisa declarar o seu imposto de renda, todo começo de ano. Imagine alguém que gastou 10 milhões declarar que sua renda é de dois mil reais por mês; impossível, certo? A Nota Fiscal Paulista controla o quanto você deve contribuir ao Ministério da Fazenda,ao declarar sua renda. Isso é mais uma manobra do governo para que a população continue pagando impostos exacerbados e eles, os políticos, continuem roubando dinheiro público. Já pararam para imaginar que enquanto trabalhamos até Abril/Maio para pagar impostos, os políticos ganham mais benefícios que alguns trabalhadores?
Partindo desse pressuposto podemos incluir um aspecto que Marx trata com muita ênfase: a mais-valia. Ela trata da parte que o trabalhador trabalha, mas não é pago, o proprietário dos meios de produção ganha em cima dele. Estamos sendo explorados pelos políticos, que continuam a usar do dinheiro público para despesas particulares, como viagens para outros países e hotéis.
Esse controle dos meios de comunicação, que é exercido por alguma entidade que detém o poder, ocorre para que os indivíduos pensem da mesma forma. Por isso, a palavra “mídia”, a sua origem morfológica vem da palavra “média”, ou seja, a mídia faz com que a população tenha um pensamento médio, uma mesma forma de enxergar alguma questão. No final do ano passado, os jornais de todo lugar do mundo reportaram o regaste dos33 mineiros no Chile. Consideraram eles heróis por sobreviverem a condições adversas, o que realmente são. Contudo, na mesma época 64 operários de minas morreram soterrados na África. Mas nada foi divulgado sobre esse incidente, uma vez que a mídia forjou um mesmo pensamento para todos focarem somente no Chile e esquecer os problemas do resto do mundo, passando uma imagem de que estamos progredindo.
Focault ressalta na sua obra que o poder é a causa para indivíduos dóceis. Por isso,ninguém contestou essa catástrofe ocorrida na África, uma vez que há somente pessoas sem a capacidade de reagir quanto a uma situação dessas. Contudo, o autor também cita que há um poder positivo. Ele é a formação intelectual do cidadão, deixando de ser uma pessoa alienada e ciente do que está ocorrendo.

domingo, 8 de maio de 2011

Hobbes - Locke - Rousseau

Com traços de um mundo pré-histórico Hobbes defende a ideia do estado de natureza com a desconfiança dos homens sobre os outros, criando assim uma teoria definida pelo instinto animal do ser-humano.

Enquanto Hobbes vê a desconfiança (classificada como um inicio de um estado de guerra), John Locke apresenta uma ideia de que os homens nascem puros e que quanto mais conhecimento eles adquirem, mais diferentes eles ficam, gerando portanto conflitos sociais, ele apresenta também o primeiro conceito de propriedade, que e basicamente; a obtenção da vida, liberdade e bens como direito natural.

Marcado pela liberdade e igualdade (através da conquista de bens), o estado de natureza humana para J.Locke leva a uma segunda reflexão sobre a propriedade (uma reflexão em que a propriedade representa os bens moveis e imóveis). Essa ideia que e tratada por Rousseau como o fim da liberdade natural do homem, no mesmo momento em que o homem com a propriedade acaba gerando a desigualdade.

”O homem nasce livre, mas toda parte encontra-se aprisionado”
La Boetie

Definindo assim que para Rousseau as condições de igualdade eram extremamente importantes. Antes mesmo da definição de contrato social , Hobbes apresenta suas ideias sobre o estado, e também sobre a sociedade e por conta disso acaba fundando-os .

No pensamento de Hobbes os próprios homens criam o cargo de “soberano” (uma pessoa mais poderosa que as outras e que exerce a liderança sobre todos), sendo o direito a vida dos homens mais importante que a liberdade e a igualdade. J.Locke já busca no inicio do contrato social um trato entre os próprios homens para evitar inconvenientes com suas propriedades. Ele busca a proteção dos direitos naturais através do estado civil retratado no contrato, renunciando assim o poder de fazer justiça e de ter um direito de defesa.

A partir desses argumentos podemos observar que Rousseau se encontra em uma visão mais moderna e realista de que a propriedade acaba com a liberdade natural dos homens e também gera a desigualdade entre eles, criando assim condicoes de igualdade (que e a transferência dos direitos individuais para toda a comunidade).

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Muamar Kadafi

Início de 2011, uma onda de revoltas no mundo árabe se inicia. No começo de janeiro movimentos anti- Mubarak, ex-ditador há mais de 40 anos no Egito, dão início a novos movimentos em outros países. Após muita luta dos manifestantes, censuras, mortes, fugas, Mubarak não resiste e foge, mostrando a todos com clareza a perda do seu poder diante da população egípcia, quem ele teria de governar.
Na Líbia o processo foi diferente. As revoltas no Egito influenciaram o início das libanesas, junto com fatos históricos passados que Muamar Kadafi tinha feito a população libanesa "esquecer", como o massacre brutal de mil prisioneiros políticos e ex-militantes islâmicos em 96, na prisão de Abu Salim, que ficou conhecido como o Massacre de Abu Salim. O fato foi negado pelo ditador e só voltou a ser comentado em 2001. Deixando uma espera de 5 anos sem informações das vítimas a seus familiares.
Fatos como esse, mostram a enorme facilidade que Kadafi tem para manipular as pessoas e seus pensamentos. Não sendo à toa que seu golpe militar em 69 tenha durado mais de 40 anos. E foram fatos como esse que voltaram a ser questionados quando a onda de revoltas começou no mundo árabe. Mas como sempre Kadafi soube o que fazer, reprimiu e não deixou que esses movimentos tomassem  força. Quando as pessoas foram às ruas no final de fevereiro de 2011, encontraram um exército bem armado, muitas bombas de efeito moral, mas mesmo assim conseguiram chamar atenção da mídia global, que em menos de um mês já parou de comentar o caso. O Conselho de Segurança da ONU o alertou para cessar-fogo contra os revolucionários. Kadafi deu sua palavra que cessaria, mas não iria deixar os revolucionários tomarem as cidades de seu país tão facilmente. E é o que acontece hoje, Kadafi conseguiu amenizar os movimentos populares em massa e os fragmentou em cidades distintas, fazendo com que o movimento perdesse força e foco na mídia mundial, aumentando cada vez mais e consolidando seu poder pleno no Estado.
A melhor forma de se governar um Estado foi ensinada por Maquiavel em sua obra "O Príncipe", onde ele diz que um príncipe antes de tomar qualquer medida, tem que analisar quais foram as medidas tomadas por príncipes anteriores que se encontraram na mesma situação em momentos históricos passados. E analisando bem em quais momentos e quais foram as decisões tomadas por cada príncipe, o príncipe atual deveria tomar a decisão que foi mais eficaz e que renovou ou manteve o poder do príncipe diante da população. Assim como fez Kadafi, impondo pela força militar seu poder, não deixando que a oposição ganhasse força.
Maquiavel também diz respeito sobre como o príncipe deve manter o seu poder e com qual intensidade. Ele diz que o príncipe deve manter seu poder através de sua imagem diante do povo. Onde as medidas devem ser tomadas para fazer com que ele seja temido por seu povo. Maquiavel diz que o príncipe deve ser ante temido a ser amado. Kadafi sempre quando necessário, mostra isso para a população, que devem temê-lo, pois quando preciso toma decisões drásticas para manter seu poder, reprimindo, censurando, matando, prendendo, etc. Não importam as decisões ou ações do príncipe o que importa, é sempre manter seu poder e se manter intocável, inquestionável. Pois Maquiavel pensa que "Os fins justificam os meios", onde as medidas tomadas para consolidar ou impor seu poder podem ser drásticas, violentas o quanto forem, mas ao final, o príncipe deve ser poderoso igual ou mais que antes dessas ações.
Mais de 40 anos de ditadura se passaram na Líbia, e cada vez mais Kadafi se consolida como um Prícipe exemplar de Maquiavel. Mas a história nos mostra que ditaduras são difíceis de se manterem por longas décadas, mesmo assim Kadafi se mantém muito forte ante movimentos revolucionários e qualquer oposição, reprimindo rapidamente qualquer movimento contra seu governo.
Entrando na 5ª década de governo militar, sem saber se terá intervenção externa do Conselho de Segurança ou não, Kadafi mostrou nesse último movimento rebelde que não sairá do poder tão facilmente, através de uma guerra, possivelmente, como ocorreu com outro ditador tirado de seu governo e enforcado em transmissão mundial em 2006.

domingo, 3 de abril de 2011

Blog destinado a discussões sobre ciências políticas por alunos do curso de Economia da sala MB1 da PUC-SP, do professor Rafael De Paula Araújo.




Integrantes do grupo:

Fernando Henrique Aleixo Nascimento

 Gabriel Freitas

 Igor Nogueira

 Matheus Ramalho